1 – o nível de desespero para arranjar um emprego aumenta proporcionalmente ao período da sua estadia no exterior
2 – a felicidade por conseguir o primeiro emprego só não é maior do que a do visto aprovado
3 – (alegria similar só será vivenciada novamente no último dia de trabalho)
4 – quando a saudade de casa bate forte, o subemprego parece se tornar ainda mais insuportável
5 – ainda assim, haverá momentos em que você terá orgulho de si próprio
6 – e outros em que você vai se perguntar que diabos está fazendo aqui
7 – “Tira uma foto minha limpando isso aqui preu mandar prá minha mãe” – frase mais comum do intercambista brasileiro
8 – saudade da sua mesa confortável e do almoço de escritório no Brasil? Sempre
9 – saudade do pagamento e do trânsito descomunal no Brasil? Nunca
10 – 1º mês no exterior: “Emprego? Quero!”
11 – 3º mês no exterior: “Emprego? Quanto paga?”
12 – 6º mês no exterior: “Emprego? Não aguento mais!”
13 – o trabalho é “braçal” mas quem mais sofre são as pernas e a coluna…
14 – se você um dia for camareiro, nunca mais confiará na troca de lençóis dos hotéis onde se hospedar
15 – e se trabalhar na cozinha, nunca mais confiará na limpeza dos restaurantes
16 – se você achava que a causa daquela dor na lombar era sua postura ao usar o computador, espere até trabalhar com carregamento de mudanças
17 – das maiores vantagens do subemprego: calçados confortáveis
18 – segunda maior vantagem do subemprego: se o chefe não aprovar suas férias, você nem liga se tiver que abandonar a vaga
19 – pão com tuna está pro intercambista brasileiro assim como o canguru está para a Austrália
20 – Sobre o termo payday: no começo, você racha rindo. Depois, chora pelo próximo.
21 – até exercer um subemprego, você não conhecia o potencial de chulé que seus pés produziam
22 – a Austrália está cheia de funcionários da faxina que mal fazem a própria cama
23 – e de garçons que, em casa, nunca tiravam o prato da mesa
24 – Gorjeta: razão pela qual a gente sempre tenta agradar um pouco mais
25 – Escola: principal motivo pelo qual a gente trabalha
26 – Trabalho: principal motivo pelo qual a gente não vai à escola
(não é prá fazer sentido mesmo)
27 – Cerveja: a recompensa merecida por essa merda toda
28 – Busy, quiet, shift, roster, function: palavras que não faço a menor ideia como dizer em português
29 – Cansaço de um dia exaustivo na firma? Já experimentou ficar 10 horas de pé?
30 – 10 horas de pé? Já precisou transportar 2 mudanças num dia?
31 – desconfie sempre que o pagamento por hora for muito alto, na gringa também tem treta
32 – um chefe que não paga, não conhece o potencial de denúncia dos Brasileiros em Sydney
Esse é mais um texto da série Vida de Labour do blog Sua Conterrânea. Toda semana, um texto novo sobre emprego e carreira no exterior.
Leia também:
https://suaconterranea.com/quanto-vale-sua-hora/#more-875
No ponto. Meu Deus….realmente sair do conforto do computador e ar condicionado vai ser o ó do borogodó. Mas zonas de conforto não fazem a gente crescer então….bora pro labor. Natália, só uma dúvida….meu inglês é fluente (com sotaque americano, verdade) então será que não consigo escapar o kitchenhand? Bj
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Consegue sim Lisandra! Inglês, experiência local, um sorisso no rosto (e um pouquinho de sorte, é claro), e você arranja algo bem bacaninha 😉 Boa sorte eihn!!
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Oi flor! Não tinha visto este reply. Tb acho que sorte conta pq sou eu e mais 1 trilhão atrás de uma vaguinha bacana. Tinha uma vaga de labour hoje no grupo Trabalhe em Sydney pagando 33/h. Te faz rever conceitos. Valeu. Bj. ????
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Muito bom o texto, como sempre arrasando.
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Muito bom seu Post…
Estou me organizando para um intercâmbio na Austrália, e seu texto está sendo muito últil…Teve um que me fez chorar em pleno horário de trabalho…hauauahauhauahua
Um abraço.
Monica
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Short, sweet, to the point, FRlEaex-ctEy as information should be!
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